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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Avatar ou Rambo com rabo

Fui assistir porque minha amiga queria ir, então fui sabendo que não ia gostar, mais para conferir.
E de fato não gostei.

O efeito 3D é enjoativo, chato, repetitivo e nada acrescenta à história...e que historinha chata, já contada tantas vezes, desdobrando-se em batalhas, combates em ritmo de vídeogame.

Mas não gostei mesmo do espírito bélico...parece que tudo que precisamos são armas e soldados bem treinados, até para salvar um suposto lugar em que as pessoas vivem em equilíbrio com mamãe natureza.

E a mensagem inclusiva, politicamente correta, representada pelo cadeirante transformado em herói salvador também é falsa porque o cadeirante ao se transformar em um ser semelhante aos habitantes de PANDORA deixa de ter problemas nas pernas.
Bem no estilo dos mitos colonizadores, o herói que vem de fora para salvar os pobres primitivos.

Deve ser a má consciência pelas guerras todas em que os americanos invadem territórios, jogam bombas atômicas,napalm, torturam prisioneiros, fazem coreografias aéreas com os helicópteros. Já vi esse filme antes. Horror, oh o horror que atinge heart and minds.

Aparentemente existem vilões (indústria e exército) e gente do bem (a cientista, o cadeirante) entre os invasores.

E os invadidos são do tipo "bom selvagem", ostentando uma cor diferente - azul para variar um pouco...(já foram peles vermelhas, amarelos, árabes de barbas negras e turbantes, negros etc) um rabo não poderia faltar mais as orelhas pontudas compondo um visual de bicho e demônio com coração vegetal.


E o lugar se chama Pandora...sendo que a caixa de horrores desta vez não é a de Pandora porque quem desencadeia os males são os que chegam de fora.

Mas os redentores também chegam de fora o que prova que os naturais do lugar são mesmo muito débeis e só poderão ser salvos com um agente transformador que se mimetiza, adquire rabo mas não perde a destreza militar em que foi treinado e mantém até mesmo a alma de cowboy ao domar esses aeroplanos animalescos.

Ou seja o poder bélico vence sempre: Aux armes citoyens!

Um comentário:

cantorias disse...

Já desconfiava: não vi e não gostei.
Ainda mais com esse papo de "3D" pra cima de moi que enxergo pouco e com um olho só.
No trailer já dá pra sentir o clima de muitos efeitos, muita correria, muito barulho por nada.
Tem que ter alguma sustança, senão a gente esquece logo...